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18 de julho de 2012

Hiparco de Nicéia


 
 (190 a.C – 120 a.C)

          Hiparco, em grego Hipparkhos, nasceu em Nicéia, foi astrónomo, construtor, cartógrafo e matemático grego da escola de Alexandria, hoje Iznik, na Turquia. Todas as informações sobre a sua vida e obra são originadas das obras de terceiros como Ptolomeu e Estrabão.
Na obra que Cláudio Ptolomeu desenvolveu com base na reunião do conhecimento enciclopédico da época, o Almagesto, aparece numerosas referências a Hiparco, pois foi reconstituído partes do seu pensamento e das suas descobertas.
Hoje, Hiparco é considerado o fundador da astronomia científica e é também chamado “o pai da trigonometria”, pois na segunda metade do século II a.C., foi o pioneiro na elaboração de uma tabela trigonométrica, isto é, uma tábua de cordas, com os valores dos seus arcos para uma série de ângulos. Estes cálculos teriam sido usados nos seus estudos em astronomia.
Usando os conhecimentos dos babilónios, introduziu na Grécia a divisão da circunferência em 360º. Fez melhoramentos em algumas constantes astronómicas importantes tais como a duração do dia e do ano. Com essas medidas de tempo reajustadas, Hiparco pôde efectuar previsões de eclipses do Sol e da Lua com um grau de precisão jamais obtido anteriormente. No entanto, foi detectado, mais tarde, uma margem de erro de 6 minutos nos seus cálculos.
Foi este matemático que criou o primeiro astrolábio destinado a medir a distância de qualquer astro em relação ao horizonte e concebeu o sistema de localização pelo cálculo de longitude e latitude, dividindo o mundo em zonas climáticas.
Hiparco, através de um aparelho que seria o percursor do teodolito moderno, confirmou que a distância das estrelas não era fixa na esfera celeste (é a esfera de raio infinito centrada na Terra ou no Sol). A partir dessas observações, deduziu que o plano que contém a órbita da Terra deveria ter-se deslocado em sentido anti-horário.
Já convencido de que a esfera celeste não era constante, dispôs-se a fazer um mapa estelar, pois queria um catálogo onde pudesse registar a luminosidade apresentada por cada estrela da sua época. A ideia era baseada na configuração dos astros que poderiam sofrer outras alterações além das periódicas, já conhecidas. Essas alterações talvez só passaram despercebidas pela lentidão com que se processavam.

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